19 de mar. de 2009

As regras da InternÉTICA

Um professor aceitaria um texto copiado da internet, mesmo que ele seja a expressão exata daquilo que foi pedido?
A resposta para essa pergunta ajuda a compreender por que a desterritorialidade não pode ser aplicada a toda obra publicada na internet, da mesma maneira que nunca existiu em outro veículo de comunicação e por um simples motivo, ela bate de frente com a ética.
Copiando um texto, o aluno deixou de expressar sua opinião para utilizar a de outro. A internet nos proporciona uma facilidade enorme de pesquisa de diferentes conceitos e idéias para determinado assunto. Podemos achar correta uma determinada idéia e é através dela que vamos desenvolver o nosso próprio conceito.
Atualmente nos deparamos com esse grave problema, aceitar o que está na internet como a verdade.
No dia do acidente com o avião da TAM, um famoso site relatou logo após a tragédia que os bombeiros estavam fazendo o resgate das pessoas. O internauta que desligou seu computador não ficou sabendo que morreram 199 pessoas naquele acidente e que não havia a menor chance de alguém ter sobrevivido.
O site, na ânsia de dar a primeira notícia, atropelou o trabalho de apuração e trouxe ao seu leitor uma informação inverídica, que foi corrigida momentos depois, menos para aquele internauta que foi dormir.
Diferente de uma publicação impressa, a internet permite correções e não deixa rastros, uma espécie de escudo para blindar os erros e driblar o bom jornalismo.
Outro exemplo é a Wikipédia. Qualquer pessoa pode abrir um tópico e deixar sua informação como se fosse a verdade. É claro que ninguém deveria usar essa ferramenta em favor próprio ou para maquiar a verdade, mas quem garante que isso não acontece?
Quando o assunto é internet, não podemos generalizar, mas existem outros meios de comprovar se uma informação é verídica. A web nesse caso serve como um meio de pesquisa, o começo do caminho em busca da informação verdadeira e não o fim.

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