11 de mar. de 2017

OS ACERTOS DE EDUARDO E OS ERROS DE CENI


Crédito: César Grecco/Ag. Palmeiras e Rubens Chiri/São Paulo FC

Muitas partidas de futebol são vencidas antes de o juiz apitar. É muito fácil falar isso após o final do jogo, mas quando os erros e acertos são tão visíveis, não tem como esconder que o treinador foi responsável pela vitória (ou derrota) de sua equipe.

Foi o que aconteceu no clássico entre Palmeiras e São Paulo. Eduardo Baptista tem uma gama de bons jogadores e pode modificar sua equipe sem perder qualidade, Rogério Ceni não.

O técnico do Tricolor precisa pensar muito bem em cada alteração de sua equipe. Sem poder contar com os 11 titulares Ceni não tem como manter a qualidade dos que saem, exceto em poucas posições do campo, como no ataque.

E Ceni erra no discurso e na prática. Ele se convenceu que Thiago Mendes pode atuar na armação, mas o jogador não passa de um volante que sai bem para o jogo, ano luz distante do que se precisa na função de armador. Ou quando insiste que Wellington Nem é um excelente jogador, de encher os olhos. Não é.

E ao contrário do rival, Eduardo leu corretamente o jogo. Poupou jogadores mais veteranos ou lentos, como Dracena, Zé Roberto e Jean, e colocou jogadores rápidos para enfrentar o veloz rival. Optou por Tchê Tchê (que baita jogador), Mina, Egídio e William, fechou sua equipe na linha do meio de campo, roubou bolas e explorou muito bem os contra-ataques.

Como falei no início, o Palmeiras tem bons jogadores reservas em cada uma das posições do campo e isso é essencial para um time que pensa em brigar por todos os títulos da temporada.


O São Paulo tem algumas boas peças, que quando jogam juntas se completam. Mas quando o Tricolor perde alguém na zaga, precisa contar com o limitado Buffarini ou perde Cueva, seu principal jogador, ficam evidentes as deficiências da equipe, que pode brigar por torneios tipo mata-mata, como a Copa do Brasil e a Sul-Americana, mas dificilmente terá fôlego (e elenco) para as 38 rodadas de um Brasileirão.

3 de mar. de 2017

DEIXEM O TITE TRABALHAR



Tite tem um avião para pilotar até a Rússia / Foto: Ricardo Stuckert/CBF


A cada lista de convocados da Seleção Brasileira surgem as críticas ao treinador por ter chamado esse ou aquele jogador. Parece que o pessoal da caneta e do microfone esquece que foi Tite quem pegou a Seleção desacreditada e praticamente carimbou o passaporte brasileiro para a Copa da Rússia no ano que vem.

Com a missão de substituir Gabriel Jesus, muita gente fez coro pela volta de Fred. Mas imagina o pepino de ter um jogador como ele no banco, já que parece ser de Firmino a vaga deixada pelo ex-palmeirense.

Firmino se encaixa melhor no estilo que Tite implantou na Seleção. Atacante que sai da área e também cai pelas beiradas. A movimentação tem sido a chave do jogo ofensivo do treinador e será que vale a pena mudar a forma de jogar para ter um centroavante de área? Me parece que Tite não está nem um pouco disposto a isso.

Outro que é constantemente contestado é Miranda. O zagueiro que ganhou tudo no Tricolor Paulista é titular na Inter de Milão, e faz bons jogos. Mas na realidade, a Internazionale nem chega perto do brilho de seu ex-clube, o Atlético de Madrid, e é natural que o rendimento de Miranda também caia.

Mas na Seleção o zagueiro é titular, foram apenas 9 gols sofridos em 12 partidas realizadas e Tite vê nele a velocidade e a saída de bola que a Seleção precisa para que seu jogo possa fluir, também do meio para a frente.

O adversário é complicado e o Brasil precisa ter em campo não só o melhor time, mas também o mais entrosado e os jogadores que sabem desempenhar melhor o que o treinador quer. Então, pra que mudar?


Confira a tabela da eliminatória da Copa no link do Globoesporte.com: