

O show vai começar no próximo fim de semana mas os palcos onde o espetáculo vai acontecer não serão os mesmos que o público está acostumado a frequentar.
Sem Maracanã, Mineirão, Fonte Nova, Castelão e Palestra Itália, tradicionais casas de espetáculo do futebol brasileiro, o sucesso do torneio vai depender de apenas três est
ádios, que devem ficar sobrecarregados com a longa turnê que só termina em dezembro.
O principal deles é a Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, Minas Gerais, que será a casa das três equipes mineiras na competição, já que o Independência, outra opção na cidade, também está em reforma.
Para se ter uma ideia da maratona que a Arena receberá, entre a 11ª e a 13ª rodadas
serão cinco jogos em nove dias. São 14 partidas nas dez primeiras rodadas.
No mesmo período, o Engenhão abrigará 13 e o Pacaembu, oito.
Os três palcos serão responsáveis por 35 das cem primeiras partidas do torneio. Um bom exemplo é a 15ª rodada: os três estádios receberão seis dos dez jogos, um no sábado e outro no domingo em cada estádio.
A maior preocupação é o desgaste dos gramados, que, apesar da manutenção, dependem também de fatores climáticos, como frio e chuva.
"É claro que ter jogos um após o outro causa um desgaste grande ao gramado, mas com uma boa manutenção conseguimos minimizar isso.
Dependemos da natureza também, se tivermosmuita chuva, por exemplo, a situação fica mais complicada" alerta Aléssio Gamberini Jr., administrador do Pacaembu.
O fato de jogar fora de casa é motivo de preocupação também para o Palmeiras. Se por um lado a equipe não vai sofrer com a falta de espaço, já que a capacidade do Pacaembu é superior à do Palestra Itália, o Verdão terá de pagar pelo aluguel.
" Calculamos um prejuízo em torno de R$ 600 mil só com a locação do campo, mas a mudança de casa influencia também no critério técnico. Quem joga em seu estádio tem vantagem. É o caso de São Paulo, Corinthians, Internacional e Grêmio. Além disso, o público também sofre, não é a mesma coisa.Apesar da proximidade, o torcedor está acostumado a ir ao seu estádio", comenta Sérgio do Prado, diretor administrativo
do Palmeiras, que lembra que o Canindé será usado apenas se o Pacaembu não estiver disponível.