Crédito: César Grecco/Ag. Palmeiras e Rubens Chiri/São Paulo FC
Muitas partidas de futebol são vencidas antes de o juiz
apitar. É muito fácil falar isso após o final do jogo, mas quando os erros e
acertos são tão visíveis, não tem como esconder que o treinador foi responsável
pela vitória (ou derrota) de sua equipe.
Foi o que aconteceu no clássico entre Palmeiras e São Paulo.
Eduardo Baptista tem uma gama de bons jogadores e pode modificar sua equipe sem
perder qualidade, Rogério Ceni não.
O técnico do Tricolor precisa pensar muito bem em cada
alteração de sua equipe. Sem poder contar com os 11 titulares Ceni não tem como
manter a qualidade dos que saem, exceto em poucas posições do campo, como no
ataque.
E Ceni erra no discurso e na prática. Ele se convenceu que
Thiago Mendes pode atuar na armação, mas o jogador não passa de um volante que
sai bem para o jogo, ano luz distante do que se precisa na função de armador. Ou
quando insiste que Wellington Nem é um excelente jogador, de encher os olhos.
Não é.
E ao contrário do rival, Eduardo leu corretamente o jogo.
Poupou jogadores mais veteranos ou lentos, como Dracena, Zé Roberto e Jean, e
colocou jogadores rápidos para enfrentar o veloz rival. Optou por Tchê Tchê
(que baita jogador), Mina, Egídio e William, fechou sua equipe na linha do meio
de campo, roubou bolas e explorou muito bem os contra-ataques.
Como falei no início, o Palmeiras tem bons jogadores
reservas em cada uma das posições do campo e isso é essencial para um time que pensa
em brigar por todos os títulos da temporada.
O São Paulo tem algumas boas peças, que quando jogam juntas
se completam. Mas quando o Tricolor perde alguém na zaga, precisa contar com o
limitado Buffarini ou perde Cueva, seu principal jogador, ficam evidentes as
deficiências da equipe, que pode brigar por torneios tipo mata-mata, como a
Copa do Brasil e a Sul-Americana, mas dificilmente terá fôlego (e elenco) para
as 38 rodadas de um Brasileirão.




